A invenção de um sensor que pode ser implantado na pele do paciente promete mudar completamente a forma como a maioria dos diabéticos controla a doença. O sensor tem a capacidade de transmitir constantemente dados sem fios sobre os níveis de glicose no sangue.
O dispositivo é um pouco menor do que uma bolacha recheada – cerca de 3,5cm de largura e um pouco mais de 1cm de espessura – e seria implantado no tronco do paciente. Ele conta com uma antena que transmite dados sem fios, uma bateria que dura a vida inteira e um par de sensores. Um sensor detecta somente oxigênio e o outro, a reação que envolve tanto a oxigênio e glicose. Não importa a densidade do tecido cicatricial ao redor do implante, a combinação de duas sensor permite que o dispositivo calcule corretamente os níveis de glicose no sangue.
A maioria das complicações da diabetes – da cegueira e de ataques cardíacos – pode ser controlada com o monitoramento. O ideal mesmo seria um acompanhamento intensivo, que envolve a retirada de sangue do dedo através de uma picada a cada 15 minutos, tanto de dia quanto de noite. Porém, a maioria dos diabéticos não realiza esse procedimento – até porque, convenhamos, trata-se de algo quase desumano. E é exatamente por isso que o sensor wi-fi seria um alívio para quem sofre da doença.
A mais avançada tecnologia disponível atualmente para o monitoramento contínuo utiliza um sensor do tamanho de agulha que pica profundamente a pele e se conecta através de um cabo ou transmissor sem fio para um monitor. Ele fornece os níveis de açúcar no sangue em tempo próximo do real, mas também é um pouco volumoso e incómodo. Os sensores de agulha deve ser recalibrado diariamente e trocado a cada 3 ou 7 dias; antes que o corpo os incorpore pelo tecido da cicatriz e se torne inútil.
Isso, porém, não será um problema com esse novo sensor wi-fi, como explica o engenheiro da Universidade da Califórnia, David Gough, que liderou a pesquisa. “O sensor foi projetado desde o início para ser um dispositivo a longo prazo, e projetado para operar por períodos muito longos”, garante Gough.
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