domingo, 3 de março de 2013

Diabetes em Portugal-Factos e números 2012

O número de pessoas com diabetes em Portugal ultrapassou um milhão em 2011 e aumentaram os jovens até aos 19 anos com a doença, mas verificou-se a maior queda no número de amputações da última década. Segundo dados do Observatório Nacional da Diabetes, mais de uma em cada dez pessoas em Portugal tem diabetes, mas destas quase metade (44 por cento) ainda não estão diagnosticadas. Um novo indicador disponibilizado no relatório deste ano aponta para uma perda de sete anos de vida por cada óbito na população com idade inferior a 70 anos. Apesar deste cenário negativo, há sinais de que o sistema de saúde tem conseguido uma evolução positiva de complicações associadas à doença, nomeadamente a maior redução de amputações dos últimos 10 anos (-11%) e a melhoria dos registos nos cuidados primários, destaca o observatório. Ainda de acordo com o relatório, na última década, o número de novos casos aumentou de 377 por cada 100 mil indivíduos (em 2000) para 652 (em 2011). «Os valores são preocupantes quando verificamos que nos últimos 10 anos o aumento da incidência da Diabetes é de 80%», sublinha o observatório. Quanto à prevalência da doença em 2011, foi de 12,7% na população com idades entre os 19 e os 79 anos (correspondendo ao total de cerca de um milhão). Outro dado destacado é a incidência da Diabetes Tipo 1 nas crianças e nos jovens portugueses, tendo-se registado em 2011 mais de 3.000 casos em jovens até aos 19 anos. Comparativamente com 2010, verificou-se um ligeiro aumento, já que nesse ano registaram-se cerca de 2.800 casos. Entre os jovens com idades até aos 14 anos, foram detetados 16,3 novos casos de diabetes tipo 1 por cada 100 mil, um valor bastante superior ao registado em 2002. Segundo os dados divulgados pelo Observatório Nacional da Diabetes, também a prevalência da Diabetes Gestacional está a crescer, tendo abrangido 4,9% das parturientes que utilizaram o Serviço Nacional de Saúde em 2011, num total de 3.809 casos. Relativamente ao número de Anos Potenciais de Vida Perdidos por cada óbito, a Diabetes representou, em 2010, cerca de sete anos de vida perdida. O observatório sublinha que estes dados são «preocupantes» e alerta para a necessidade de adoção de medidas no combate à diabetes, com uma maior aposta na prevenção, no diagnóstico precoce e no acompanhamento das pessoas com a doença.








sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Diabetes no Idoso

Achei muito interessante este post do blogue que sigo e aprecio imenso, Linha Diabetes, do Dr. João Gonçalves. Um tema que (principalmente para os profissionais de saúde) deve interessar e, sobretudo, termos em conta no nosso dia-a-dia profissional.Não esqueçamos que em Portugal a nossa população está cada vez mais envelhecida... "O doente idoso tem algumas particularidades, que se deve atender, quando o medicamos. O idoso é (pode ser/apresentar) fragilidade (perturbação de equilíbrio), limitação funcional (sedentarismo por incapacidade), alterações do seu estado psíquico, dependência de terceiros. Estas situações, se directamente nada têm a haver com a Diabetes, indirectamente têm: o número e tipo de medicamentos deve ser equacionado no que toca à ocorrência de potenciais efeitos secundários, nomeadamente hipoglicemias (baixas do valor da glicemia). As outras doenças, além da diabetes, que o idoso pode padecer devem igualmente ser consideradas, tal como a capacidade do doente em gerir a toma dos medicamentos. O controlo ideal deve ser sub-óptimo: isto é, em vez de tentarmos chegar a um controlo excepcional, pode ser bom com valores um pouco acima do normal, de modo a precaver complicações. As Hipoglicemias, muitas vezes não sentidas/identificadas pelo idoso, podem provocar quedas (complicadas de fracturas), alteração do estado de consciência e admissões (internamentos) hospitalares responsáveis por estados de confusão importantes. Um grupo muito susceptível às Hipoglicemias são os idosos residentes em Lares, os com má nutrição e os com alterações do estado de consciência (demência). Quanto ao Tratamento, os idosos (também) devem ter um plano de actividade física com exercícios de resistência, de equilíbrio e de cardiofitness. As dietas com limitações (excepto o abusivo consumo de doces) deve ser evitado (!). Enquanto as sulfonilureias devem ser evitadas, a Metformina mantém-se como medicamento de primeira linha (caso não exista contra-indicação). Nos Lares, deve haver especial atenção quanto à ocorrência de Hipoglicemias, complicações metabólicas agudas, ocorrência de infecções e prevenção de internamentos hospitalares no idoso diabético". Disponível em http://linhadiabetes.blogs.sapo.pt/52499.html








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