sábado, 4 de setembro de 2010

Álcool e Diabetes

O álcool e o fígado.


O álcool neutraliza a capacidade do fígado de produzir nova glicose (neoglicogénese). O fígado pode ainda libertar glicose da reserva de glicogénio ("reservatório" de glicose armazenado no fígado e nas células musculares), mas quando esta se esgotar, a pessoa terá hipoglicémia, inclusivé muitas horas depois da sua ingestão, se não tiver determinadas precauções.É natural que seja necessário diminuir a dose de insulina no dia a seguir de ter bebido.


As bebidas alcoólicas não são proibidas às pessoas com Diabetes.
Os adultos com Diabetes podem beber quantidades moderadas de álcool se comerem simultaneamente ou tiverem ingerido uma refeição com hidratos de carbono de acção prolongada imediatamente antes. Para uma pessoa com diabetes, a ingestão deve ser limitada a uma bebida para as mulheres (definida como uma cerveja de 350 ml, um copo de vinho de 150 ml ou um copo de 45 ml de qualquer bebida destilada), e a duas bebidas para os homens, num dia.

E se bebeu demasiado à noite...
Deve ingerir-se comida extra imediatamente antes de se deitar. Pode come-ser pão ou batatas fritas, já que proporcionarão um aumento lento da glicémia, durante várias horas. Quando for altura da pessoa se deitar, não deve ter-se uma glicémia inferior a 180 mg/dl e reduzir-se a dose de insulina do deitar(se for esse o caso) em 2-4 unidades, para evitar hipoglicémias. Não deve dormir-se até tarde! Ponha o despertador e coma um bom pequeno almoço assim que se acordar na manhã seguinte. Se se sentir mal, verifique a sua glicémia, pois o má disposição pode ser causada por um aumento de glicémia, e não pela "ressaca".



Já agora, adoro cocktail´s, como Margarita, San Francisco, Cinderela, Havana Punch :-), mas só esporadicamente bebo e imediatamente após uma refeição principal com hidratos de carbono. Um prazer excepcional :-)

O que é a Hemoglobina glicada?

A importância da dosagem da hemoglobina glicada - A1C

O que é a hemoglobina glicada?


O exame de hemoglobina glicada (HbA1C ou A1C), que era conhecido como hemoglobina glicosilada, é o mais importante na avaliação do controle do diabetes. Ele resume, para o médico e para o paciente, como a doença esteve controlada nos últimos 60 a 90 dias. Durante os 90 dias da sua vida, a hemoglobina (hemácia ou glóbulo vermelho) vai incorporando glicose, em função da concentração que existe no sangue. Se as taxas de glicose estiverem altas (ou baixas) durante esse período, haverá um aumento (ou diminuição) da hemoglobina glicada. É por esta razão que, ao analisarmos o quanto a hemoglobina incorporou glicose durante o seu tempo de vida, podemos ter uma excelente ideia da média das taxas de glicose no período.
As dosagens da taxa de glicemia (no laboratório) e da glicemia capilar (ponta de dedo) são parâmetros muito dinâmicos, sofrendo oscilações importantes em razão da influência de fatores como alimentação, exercícios, medicação etc. No entanto, são muito importantes e devem fazer parte do acompanhamento dos diabéticos, com a hemoglobina glicada.


Qual o valor ideal de A1C para um diabético?

O valor de A1C deve ser sempre individualizado pelo médico, levando em conta vários dados clínicos como idade, presença de outras doenças e/ou risco de eventos frequentes de hipoglicemias.

Os estudos DCCT (Diabetes Control and Complications Trial) e UKPDS (United Kingdom Prospective Diabetes Study) são considerados marcos na diabetologia, pois demonstraram de forma inequívoca que a manutenção de A1C em valores o mais próximo possível do normal é acompanhada de redução significativa do surgimento e da progressão das complicações microvasculares, tanto em diabéticos tipo 1 (DCCT), quanto tipo 2 (UKPDS).



Segundo tais estudos e sugestões de consensos nacionais e internacionais, o valor de A1C mantido abaixo de 7%, promove proteção contra o surgimento e a progressão das complicações microvasculares da diabetes (retinopatia e nefropatia) e de neuropatia. No entanto, como a correlação entre glicemia e problemas vasculares é um contínuo, para uma boa parcela dos pacientes deve-se tentar atingir o valor mais próximo do normal, que NÃO aumente o número de episódios de hipoglicemias repetidas.



Em algumas situações, é importante a interpretação do médico, que poderá ajustar os valores alvo de A1C em função risco-benefício do advento de hipoglicemias. Incluem-se, nestes casos, crianças menores de sete anos. Da mesma forma, deve-se te rcuidado com indivíduos com idade muito avançada. Os pacientes que já apresentam complicações em estágio avançado (insuficiência renal terminal, doença vascular difusa) ou que são portadores de outras condições clínicas que reduzem a qualidade de vida podem ter como meta de tratamento valores de A1C mais elevados.


Monitor de glicémia USB

Os usuários de monitores de glicemia sabem que o pequeno aparelho não tem capacidade de guardar muitas medições e você acaba por necessitar de um pequeno caderno para anotar as suas aferições dia a dia, o que não é muito prático.
Para aliviar os usuários desta necessidade, um laboratório lançou em alguns Países um medidor que é bem parecido com os actuais, mas tem uma ponta com USB que serve para realizar um backup de todas as medições dentro de um programa especial desenvolvido pela própria empresa.
O medidor funciona como qualquer um que existe no mercado, só que tem um ecrã colorido e um fácil acesso para as suas medições com horário e data, o limite de medições é de 2 mil, quando chega a esse  número é que o programa entra em acção, ele funciona como um caderno de anotações de todas as medidas de glicose que o aparelho acusou no seu sangue, auxiliando no controle contínuo feito pelo usuário.

Este dispositivos ainda não foi lançado em Portugal, esperando que isso aconteça num futuro bastante próximo.

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